Pela primeira vez, a Copa do Brasil tem um mesmo campeão em anos seguidos. O Cruzeiro confirmou o favoritismo e, com uma vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, nesta quarta-feira (17), confirmou o título. O seu sexto na competição, o que torna o clube mineiro o maior vencedor do torneio.
Mas quem esperava um jogo fácil, depois do massacre cruzeirense no jogo de ida, viu uma partida cheia de polêmicas e indefinida até os últimos instantes. Muito por conta da bravura do Corinthians, que conseguiu se manter vivo mesmo sendo inferior ao time de Mano Menezes, mas muito também devido às patacoadas do árbitro Wagner do Nascimento e da equipe do VAR.
No primeiro tempo, o cenário visto no Mineirão na semana passada se repetiu. Com uma vantagem mínima depois do 1 a 0 em Belo Horizonte, o Cruzeiro entregou a bola ao Corinthians e, ao melhor estilo do seu treinador, saiu apenas em contra-ataques. A tática deu resultado: aos 27 minutos, Léo Santos errou o passe ao tentar evitar um lateral e ofereceu todo o campo aos mineiros. Barcos recebeu, cortou a zaga e acertou a trave de Cássio. Na sobra, Robinho surgiu livre e fez 1 a 0 para o Cruzeiro.
A pressão mineira seguiu e, cinco minutos depois, Dedé mandou de cabeça no pé da trave. O Corinthians só respondeu aos 35, com Henrique, que mandou perto do gol de Fábio – na primeira oportunidade paulista até então nos dois jogos da decisão.
O segundo tempo foi bem diferente. E, com uma ajuda da arbitragem, o Corinthians voltou para o jogo: aos oito minutos, Thiago Neves tentou desarmar Ralf na área. Wagner do Nascimento não marcou nada a princípio, mas o VAR chamou o árbitro, que conferiu o lance na TV e marcou o pênalti. Jadson converteu e empatou.
Aos 24 minutos, o VAR surgiu novamente – desta vez, ajudando o Cruzeiro. Jadson dividiu com Dedé e, na sobra, o garoto Pedrinho acertou um belo chute, por cobertura, para colocar o Corinthians na frente. Só que a equipe de vídeo viu falta de Jadson no início da jogada, e o árbitro anulou o lance, para muitas reclamações paulistas.
Mano Menezes mandou para a final o uruguaio Arrascaeta, em campo pouco mais de 30 horas depois de jogar com a seleção uruguaia um amistoso no Japão. E o camisa 10 resolveu: aos 36, em mais um contra-ataque rápido, ele recebeu livre, invadiu a área e desviou de Cássio para fazer 2 a 1 e confirmar o bi – e o hexa – do Cruzeiro.