Quando publiquei a informação de que o árbitro de Chapecoense x Inter era o recordista em pênaltis marcados no Brasileirão não pensava que o jogo seria tão maluco. Ninguém poderia imaginar uma partida com três penalidades e uma expulsão. As polêmicas foram muitas na arbitragem do carioca Wagner do Nascimento Magalhães. No entanto, observando apenas os lances capitais, vale ressaltar que o juiz da Fifa teve mais acertos do que erros na vitória por 2 a 1 dos catarinenses contra os gaúchos.
O primeiro lance foi o pênalti bem marcado sobre William Pottker quando o jogo ainda estava com o placar fechado, aos 23 minutos da etapa inicial. Embora o zagueiro Rafael Thyere acerte a bola no carrinho por trás, o goleiro Jandrei chega rasgando pelo lado e acaba atingindo a perna do atacante do Inter. Wagner Magalhães tomou a decisão correta ao marcar a infração.
O segundo tempo veio com mais polêmicas. Aos 32 minutos, pênalti para a Chapecoense e expulsão do zagueiro Victor Cuesta. O defensor acaba assumindo o risco de cometer a infração no momento em que faz uma ação de bloqueio e intercepta a bola com o braço aberto. Cuesta já tinha amarelo e levou o segundo porque impediu um ataque promissor. As duas decisões da arbitragem novamente foram acertadas.
O erro da arbitragem ocorreu no final do jogo, aos 48. O juiz viu empurrão de Barreto em Leandro Damião e marcou o terceiro pênalti da partida. O centroavante do Inter se movimenta para trás, percebe o contato com o adversário e projeta o corpo para a frente. A infração não aconteceu, mas acabou não interferindo no placar porque Jandrei defendeu a cobrança de Damião.
Outras duas situações merecem registro. A primeira é que não considerei pênalti sobre Moledo no último lance do jogo. Houve muito mais uma disputa por espaço na grande área do que qualquer outra coisa. A segunda é que o amarelo de Patrick foi ridículo. Ele sequer cometeu a falta e o árbitro acabou sendo enganado pela simulação absoluta de Eduardo Oliveira.