Não há outra maneira de definir a expulsão de Kannemann. O cartão vermelho direto recebido pelo zagueiro do Grêmio na vitória por 1 a 0 contra o Cruzeiro foi indiscutível. Ele deu uma entrada violenta em De Arrascaeta. A velocidade e a força empregadas pelo defensor foram desproporcionais para justificar qualquer outra interpretação. Portanto, não há nenhum erro do árbitro Rodolpho Toski Marques na decisão tomada neste lance.
A expulsão de Kannemann é uma das duas questões que precisam ser analisadas na estreia de Cruzeiro e Grêmio no Brasileirão. A falta de critério da arbitragem na aplicação de cartões ao longo da partida é a segunda.
Rodolpho Toski Marques foi mal na condução disciplinar do jogo. Logo aos três minutos do primeiro tempo, o juiz sequer deu amarelo para o lateral Edilson. O jogador do Cruzeiro deu uma tesoura no atacante Éverton. Foi um lance de menor intensidade do que o de Kannemann, mas a advertência não poderia ser ignorada.
Na etapa complementar, houve outros dois lances que passaram batidos pela observação do árbitro da Fifa. Primeiro, Mancuello pegou Arthur por trás sem bola. Depois, em entrada semelhante, Sassá chutou o tornozelo do volante gremista.
Importante mencionar o cartão recebido por Ariel Cabral por entrada em André. O amarelo ficou de bom tamanho. Não foi uma pegada com as travas da chuteira ou com força excessiva. Com a canela, o volante do Cruzeiro atinge a panturrilha do atacante. Uma falta "temerária", como define a regra.
De um modo geral, uma arbitragem que teve critérios confusos na aplicação dos cartões. Isso nada tem a ver com a expulsão justa do zagueiro Kannnemann.