Mesmo em menor tamanho, com queda nas vendas e a dura luta ano a ano por financiamento para manter o evento de pé, a Feira do Livro continua sendo uma das principais atrações a céu aberto de Porto Alegre. Por duas semanas, os estandes – e seus cafés, carrocinhas e quiosques – transformam a Praça da Alfândega e arredores em um ambiente cultural, onde se pode acompanhar lançamentos, buscar raridades e promoções e, ainda por cima, conversar com os amigos. Na Redação Integrada de ZH, GZH, Rádio Gaúcha e Diário Gaúcho, há sempre uma fila de interessados em participar dessa cobertura. Afinal, qual jornalista não gostaria de entrevistar autores, falar com livreiros, entender os hábitos de consumo dos compradores, assistir a palestras e bate-papos e ainda pegar autógrafos de escritores?
Sob a coordenação da editora Renata Maynart, a cobertura da Feira deste ano conta com os repórteres André Malinoski e Karine Dalla Valle. E, a partir desta segunda-feira, terá o reforço de Fernanda Polo. Todas as tardes, André e Karine circulam pela praça para contar as novidades e curiosidades do dia.
André se define como “rato de feira”. Em uma semana, comprou 14 livros, entre eles, quatro em espanhol, que explicam a figura do gaúcho para brasileiros, argentinos e uruguaios.
– Sou um assíduo frequentador, seja por motivos de trabalho, seja por opção de lazer. Gosto dos livros, de conversar com livreiros, autores e amigos, dos jacarandás em flor e dos ares culturais da Praça da Alfândega. Mas confesso que o meu maior prazer é achar um livro velho e carregado de história, poder tocar na folha amarelada pelo tempo, sentir o cheiro. Só quem ama ler sabe do que estou falando – conta André.
Karine considera a Feira do Livro de Porto Alegre um dos eventos culturais mais democráticos, porque não há cobrança de ingresso e a programação é totalmente gratuita. A única coisa pela qual se paga é o livro.
– Sempre ouço de amigos, conhecidos e colegas a mesma constatação: “É mais barato comprar livros pela internet”. Comprar livro novo por alguma plataforma digital pode custar R$ 10, R$ 15 ou R$ 20 mais barato, mas a experiência de andar pela Praça da Alfândega, conversar com outros leitores e com donos de livrarias, estar aberto para encontrar um livro que não constava na lista de desejos, pegar autógrafo do escritor e participar de um bate-papo com Natalia Timerman, Jeferson Tenório e Itamar Vieira Junior, grandes nomes da literatura contemporânea, são atividades que só a Feira proporciona. Minha tarefa de cobrir a Feira é motivada pela missão de lembrar às pessoas que a Feira não é substituível.
O leitor pode acompanhar o dia a dia do evento em ZH e também pelo site e aplicativo de GZH.