Do lado do Grêmio, é óbvio o que Renato tem de fazer. O modo segurança, com linhas baixas para reduzir espaços e proteger zagueiros e laterais, deu certo. O nível das atuações subiu. Só tem um detalhe. O jogo na Arena do Galo emitiu alertas. Mesmo em novo formato e comportamento, o Tricolor vazou mais do que devia. Nem falo do segundo tempo, quando o treinador foi arriscando tudo e empilhando atacantes, mas de antes, ainda no primeiro tempo.
O gol de Deyverson é cheio de erros coletivos. O time está todo atrás da linha da bola, inclusive Aravena e Braithwaite, mas este permite o passe vertical de Battaglia, um zagueiro improvisado que está a um metro de distância. O volante Fausto Vera recebe de costas entre as linhas, sozinho. Rodrigo Ely larga Deyverson e chega atrasado no bote a Vera, que de primeira acha Hulk desmarcado. À essa altura o desencaixe é total. Deyverson finaliza dentro da área, após passes curtos pelo chão. Gol de futsal, por dentro, com o Grêmio todo postado.
Já Roger tem de resolver a ausência de Thiago Maia. O lado forte de ataque é o esquerdo, mas não se sabe como será sem Thiago Maia, que protege Bernabei e pisa na área. Bruno Henrique passou o ano jogando pela direita.
É uma peça só, mas uma peça-chave. Sem substituição tática e técnica à altura, pode comprometer a engrenagem. Como a tendência é o Inter propor e o Grêmio contra-atacar, Roger sofrerá se o lado esquerdo travar. Será um Gre-Nal muito tático, como se vê.