O anúncio de Fernando Diniz no Cruzeiro, que surgiu como suposto destino de Renato (embora ele e seu empresário tenham negado com ênfase), emite um sinal claro: a estátua segue no Grêmio em 2025. É a minha leitura de Diniz na Toca da Raposa. Salvo hecatombe de campo, como improvável rebaixamento ou não pegar nem vaga na Sul-Americana, a tendência é Renato ficar.
Há um motivo pouco mencionado, porém decisivo, para além do ano eleitoral. Falo do "Grande Gauchão". Para o Grêmio, vem aí o segundo Gauchão mais importante em 121 anos de vida. O primeiro foi o de 1977, que interrompeu o octa do Inter, até hoje a maior sequência de títulos. O outro começa em fevereiro de 2025. O Grêmio é hepta.
Não é algo banal tirar do rival a exclusividade de uma marca que, no Beira-Rio, é usada como carimbo da hegemonia gaúcha. A vantagem colorada em Gre-Nais (163 a 141) e Estaduais (45 a 43) se manterá, mas octa é uma marca a ferro e fogo.
Só quem não compreende a rivalidade Gre-Nal ignora a importância disso. E Renato a entende como poucos.