O time que Renato levou a campo contra o Criciúma é o contrário do que ele chegou a definir como burrice tática, quando lhe perguntaram sobre a impossibilidade de Cristaldo e Monsalve juntos. Contra o Fluminense, três zagueiros e sem os dois. No Heriberto Hülse, linha de quatro atrás e com os dois.
Talvez aquela resposta agressiva tenha sido, na cabeça de Renato, um jeito de preservar o jovem colombiano. Eis o seu erro, já admitido pela escalação em Santa Catarina. O treinador seguiu no piloto automático para esses casos: adaptação, ritmo de jogo, idioma, preparação física diferente.
Isso vale para os médios e bons — não para os acima da média. Monsalve é tão melhor que entra e dá resposta onde o colocarem, seja com titulares, reservas, time misto, desde o início ou no segundo tempo. Renato demorou a se dar conta. Bem, antes tarde do que nunca. Vida que segue.
Já não se trata mais de um substituto para Cristaldo, mas de discutir quem será alternativa para Monsalve. Se ele render ainda mais por dentro, como meia central, qual o problema? O Grêmio está se monsalvizando.