O fracasso no Alfredo Jaconi é definidor sobre o Brasileirão do Grêmio. Salvo retomada histórica, o que não se pode descartar — Renato assumiu no Z-4 e finalizou com vaga na Libertadores em sua primeira passagem —, o campeonato azul é o dos 45 pontos. É evitar o quarto rebaixamento.
A maneira como o Juventude fez 3 a 0, sem jamais perder o conforme da partida, um clube de orçamento infinitamente menor, preocupa quanto ao futuro. No primeiro tempo, aula de construção ofensiva do time da Serra, com pico de 70% de posse de bola.
Em meia hora já estava 2 a 0. Somente a partir daí o Grêmio consegue agredir um pouco. Naturalmente, sobe linhas. Ajudado por certa soberba do Juventude, que se achou o Manchester City, ameaça o goleiro Gabriel. Enfurecido, Roger Machado cobra de seus jogadores.
Foram 15 minutos, não mais do que isso, de algum equilíbrio. No segundo tempo, o Grêmio volta a ser controlado. Aula do Juventude sobre como se defender e explorar o contra-ataque. Houve gritos de olé na reta final, quando o time de Roger passou um minuto trocando passes, com os jogadores do Grêmio correndo atrás sem tocar na bola.
As trocas de Renato não surtiram efeito. Galdino não pode estar à frente de Nathan Fernandes quando o placar é 2 a 0 contra. Entraram Galdino e Du Queiroz nas vagas de Geromel e Edenilson, baixando Villasanti para a zaga. Galdino virou centroavante. Du Queiroz, volante. Cristaldo voltou a ser armador. Melhorou, mas foi insuficiente para virar. O Juventude poderia ter feito mais gols.
Oito derrotas em 13 jogos é pesado. O aproveitamento que o Tricolor terá de fazer daqui para frente pode atrapalhar o foco na Libertadores e Copa do Brasil. Não lembro de outra crise tão expressiva do Grêmio sob o comando de Renato. Para completar, o goleiro Rafael Cabral falha miseravelmente no primeiro gol do Juventude. E agora, quem é o titular? Rafael ou Marchesín?