O português Sérgio Conceição, 49 anos, é um ótimo técnico. Candidato a top na Europa, inclusive, se der o salto após o sucesso no Porto, onde foi campeão português. É insano dizer que seria um nome ruim. Mas caríssimo.
Não viria para Porto Alegre — que, nesse momento, nem aeroporto tem — sem milhões de euros como garantia. O clube convive com déficit. Corre atrás de vendas para honrar compromissos. Maurício foi. Bustos, Alario e Vitão podem ir.
Por vezes, o Inter parece em transe, anestesiado por uma imagem europeia e revolucionária de si mesmo, cheio de processos inexequíveis. Trata-se de apagar o incêndio.
Infelizmente, o planejamento se foi. Não dá para organizar simpósios de debate em torno do futuro treinador, e isso não será possível por culpa do time, que não fez o mínimo do mínimo no campo.
Sérgio Conceição não conhece jogadores, a gurizada da base, o cenário, cultura. Não tem obrigação alguma, inclusive. Quanto tempo demoraria fazendo testes?
Roger Machado, além de estudioso, talvez conheça mais o elenco colorado do que o próprio Eduardo Coudet, de tanto que o investigou para eliminá-lo duas vezes.
E se o técnico português for um despiste, para não ficar muito na cara que Roger sempre foi o nome, desde antes da Copa do Brasil?