Na entrevista ao lado do presidente Alberto Guerra, de novo Renato se emocionou ao falar das enchentes e dos danos emocionais que ela pode causar, inclusive nos jogadores. Há quem o critique, sugerindo algum teatro. Puxa, mas aí é deixar o ódio vencer.
Todos os gaúchos estão afetados. Quem não esteve a ponto de chorar, vendo as notícias da TV ou lidando com familiares, colegas de trabalho, vizinhos ou amigos diretamente vitimados pela catástrofe?
Fui voluntário no Quarto Distrito, no auge das inundações. Estávamos lá, minha mulher, meu filho e eu, no Dia das Mães. Lá pelo meio da tarde, após um dia pesado, abaixo de chuva, uma pessoa surgiu anonimamente, perguntando a cada mulher que ali estava se era mãe. As que respondiam sim ele dava um bombom. Nada além disso.
Foi uma choradeira e muitos abraços a cada doce. Todos nós estamos vulneráveis.
Eu mesmo, antes de cada entrada no Redação SporTV, avisava ao pessoal do Rio acerca do risco de, assim do nada, chorar ao vivo. Consegui evitar, com receio de prejudicar o relato das informações, mas e se tivesse acontecido?
Thiago Gurjão, diretor do programa, disse assim:
— Diogo, nenhum problema se rolar. A gente entende. O país todo entende como vocês, aí, são afetados a todo instante. Fica tranquilo.
Já quase chorei no meio do nosso papo por mensagem. Então, é cruel duvidar do sentimento de Renato. Cada um reage do seu jeito. Uns choram, outros não. E está tudo certo.
À espera da charla de Coudet
Renato já falou duas vezes. Em entrevista ao Boleiragem, do SporTV, e na última nesta sexta-feira, em coletiva ao lado de Alberto Guerra. O técnico gremista tomou à frente no debate sobre não-rebaixamento dos gaúchos e da questão mental de seus jogadores.
Pelo personagem nacional que é, naturalmente Renato é mais procurado. Está faltando Eduardo Coudet falar sobre esse cenário atípico.
Como estão emocionalmente os jogadores do Inter? E fisicamente? Até onde deve ir a régua desportiva?
Seria importante ele falar antes do jogo decisivo com o Belgrano, na próxima terça (28/5), pela Sul-Americana, na Arena Barueri. Até porque ele é bom de "charla", que é como os argentinos tratam uma boa conversa.