O Inter perdeu para o modesto Belgrano na retomada dos jogos, após longa parada em razão das enchentes no RS. De virada, levou 2 a 1 em Barueri e não tem mais chance de se classificar em primeiro lugar em um grupo constrangedoramente fácil da Copa Sul-Americana. Vai para as duas últimas rodadas precisando de quatro pontos em seis para ser segundo e jogar uma repescagem com um eliminado da Libertadores, se quiser seguir na competição. Para o tamanho do Inter, deprimente.
A derrota teve erros sem relação com a parada. Entregadas de Renê são recorrentes. É uma atrás da outra em momentos chave, quando o time tem o controle do jogo e, a partir daí, se desestrutura. Foi assim duas vezes na Libertadores, em Gre-Nal e outras situações. Sem ninguém a pressioná-lo, ele deu o gol de empate num recuo insano. Isso nada tem a ver com falta de ritmo.
É duro falar isso, mas enquanto ele for escalado, cenas assim se repetirão. Deu o passe para Wesley oferecer a assistência no gol de Borré? Bem, ele é jogador de futebol. Tem de acertar passe, mas sem tantas falhas bisonhas idênticas. Até ali, mesmo sem a intensidade causada pela falta de ritmo, o Inter controlava o jogo. Vencia por 1 a 0 e não tinha sofrido nada, mesmo com apenas um volante (Fernando).
Aí Renê entregou, o time acusou o golpe e levou um gol bem comum antes da parada. Bola na área do Inter é meio-gol, sempre com zagueiros correndo para trás. O segundo tempo escancarou a compreensível falta de força e ritmo. Muito balão, divididas vencidas pelos argentinos e marcação sempre dobrada do Belgrano. Valencia cansou cedo. Borré fez o gol e só. Mauricio se escondeu. Na frente, só Wesley teve boa atuação de fato.
Em resumo: o primeiro tempo repetiu os erros de antes da parada, mas no segundo apareceram as consequências de jogar longe de casa e após tanto tempo. Como afirmei antes, posso dizer agora com tranquilidade. Escrevi que estava pessimista e vislumbrava risco sério de eliminação, por tudo o que aconteceu. Vou além: o Grêmio corre o mesmo risco contra o The Strongest.