
O presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, suspenso do cargo e detido após sua tentativa de impor lei marcial em dezembro, foi solto neste sábado (8), após quase dois meses de prisão.
Na sexta-feira (7) a Justiça sul-coreana determinou a liberação de Yoon para responder em liberdade no processo de tentativa de golpe de Estado.
Yoon saiu do centro de detenção sorrindo e fez uma reverência aos seus apoiadores, que o aplaudiram.
— Inclino minha cabeça em gratidão ao povo desta nação — disse Yoon em uma declaração divulgada por seus advogados.
Além do processo criminal, Yoon também aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional. Recentemente, o impeachment foi negado, e agora a corte deve confirmar ou negar a demissão votada pelo parlamento em dezembro.
A investigação criminal por tentativa de subversão da ordem civil continuará mesmo que sua demissão seja confirmada.
O tribunal informou que aceitou o pedido de Yoon para ser libertado porque o prazo legal de prisão expirou logo após o presidente deposto ter sido indiciado, no fim de janeiro.
A corte também concluiu que a detenção efetuada anteriormente por uma agência de investigação foi ilegal, pois o órgão não tem competência para julgar casos criminais de rebelião.
Os investigadores alegaram que a lei marcial equivalia ao crime de rebelião — que poderá render a pena de morte ou prisão perpétua a Yoon em caso de condenação.