O Inter tem jogado bem coletivamente, e Renato Portaluppi sabe muito bem disso. No Gre-Nal 441, Beira-Rio lotado, o melhor para o Grêmio é jogar fechado, com um meio de campo robusto e extremas de velocidade que precisarão de fôlego para estocar o Inter. Fechado, sim. Retrancado, não.
Por isso, aposto em Pavón e Gustavo Nunes nas extremas. O argentino talvez não aguente os 90 minutos, mas o jovem de 18 anos tem sequência e já mostrou que seu pulmão é de maratonista. Tudo isso só para dizer que eles terão de correr nos contra-ataques? Não. Terão também de marcar muito e fechar linhas próximas na hora de se defender.
Pavón e Gustavo Nunes ostentarão esse compromisso: agredir no contra-ataque e, tão importante quanto, bloquear os corredores do Inter. Eles serão decisivos na estratégia gremista.
O mais prudente é uma escalação que una Du Queiroz a Villasanti, soltando Pepê como meia. Três volantes e três atacantes, sem o amardor clássico porque a ideia seria a transição rapida em contragolpe. Daí a necessidade do centroavante: a bola aérea, uma deficiência colorada. Com um meio mais sólido e pontas abertos, a velha bola parada se torna uma possibilidade. O Novo Hamburgo fez um gol e acertou bola na trave do Inter assim, com bola na área e vitória de cabeça sobre a defesa colorada.