À bordo de uma atuação assustadora, com direito a entrar na roda em certos momentos, um Grêmio com força máxima escapou de perder para o São Luiz, que nem na Série D está, em plena Arena. O empate em 1 a 1 foi injusto.
O problema é como tudo aconteceu. O time do técnico Alessandro Telles sobrou. Bola no chão desde a defesa, troca de passes envolvente e mais finalizações no alvo (6 a 3). Marchesín fez mais defesas do que o goleiro Raul. Ao final, a torcida do Grêmio vaiou forte. Com razão.
Lento e apático, dando espaços absurdos para um mínimo padrão competitivo no meio-campo, o Grêmio transformou os volantes Lucas Hulk e Gabriel Davis em Tony Kroos. Eles jogaram livres o tempo todo e lideraram o São Luiz.
Villasanti e Pepê, cansados pela sequência de jogos sem descanso, foram caricaturas de si mesmos. JP Galvão perdeu dois gols feitos, mas quem sempre esteve mais perto de ampliar foi o São Luiz. Cristaldo saiu no intervalo de tão pouco que marcava. Entrou Nathan, que conseguiu ser pior.
O empate veio no desespero, reta final, com Galdino mal tocando de cabeça e desviando do goleiro após alçada de Gustavo Nunes, o único a se salvar da tarde quente de sábado (10) de Carnaval na Arena. A esta altura, os zagueiros eram Dodi e Villasanti, para se ter ideia. Ainda deu tempo de, nos acréscimos, o Grêmio quase perder.
O próprio Renato disse que o calor e o cansaço não são desculpas, já que o São Luiz teve um dia a menos de descanso do que o Grêmio em relação à última rodada. E ainda teve viagem longa de ônibus.
Se o Grêmio entrar na roda como entrou diante do São Luiz no Brasileirão e Libertadores, será goleado. Se não arrumar um jeito de marcar mais no meio, problema já verificado na vitória sofrida sobre o Juventude, o ano será de sofrimento.