Vinícius Júnior está fora do jogo contra a Argentina. E agora? Pânico? Nada disso. O ataque não é o principal problema do Brasil de Fernando Diniz. Prova disso é que Vini vem jogando e, mesmo assim, a Seleção Brasileira vegeta em um constrangedor 5º lugar nas Eliminatórias.
Se o Vini Jr. com a camisa verde-amarela fosse o mesmo do Real Madrid, aí tudo bem. Seria um desfalque terrível. Mas não é. Não vem sendo, pelo menos por enquanto. Ainda não foi em momento algum, vale dizer. O Maracanã, sua casa (começou a carreira no Flamengo), poderia ajudá-lo a ser como na Espanha? Talvez. Mas aí é pensamento mágico.
O fato é: o problema mais grave do Brasil de Diniz não é o ataque, e sim a a defesa. A Seleção marca pouco. Há buracos no meio. Os jogadores estão sempre correndo para trás. Perdem a bola e não se vê ação coletiva eficiente para retomá-la imediatamente. Foi assim a noite toda contra a Colômbia.
Então, se Diniz reforçar o meio, quem sabe até aproveitando a lesão da estrela merengue, optando por um meio-campista para marcar mais, talvez seja até melhor. O time ficaria mais equilibrado. Em vez de quatro atacantes, três: Raphinha, Endrick e Rodrygo. Não é absurdo pensar em dois, inclusive. A ênfase tem de ser o equilíbrio.
Pode parecer maluco, pelo talento inequívoco de Vini Jr., mas sua lesão é a chance para o Brasil se defender um pouco melhor. Se atacar a Argentina dando o espaço que deu em Barranquilla, tendo do outro lado Messi, Di Maria, Julian Alvarez e cia, o risco de desastre (mais um) será grande no Maracanã.