Baita negócio este do Inter ao vender Johnny para o Betis por 6 milhões de euros. Em reais, quase R$ 30 milhões. Por quatro motivos.
O primeiro é ser da base. Tirando o lateral-direito Vinícius Tobias, negociado sem nem estrear nos profissionais, as últimas negociações de algum vulto com a Europa foram William (2017) e Iago (2019). Pouco para um clube que foi campeão do mundo, revelando talentos em série e enchendo os cofres para fazer time e girar a roda.
O segundo motivo é a parte financeira, obviamente. O Inter está esgualepado. As dívidas estão pactuadas e organizadas, eu sei, mas ter R$ 600 milhões de prejuízo não é pouco. Então somando Johnny e o ingresso imediato de R$ 109 milhões dos R$ 218 milhões, via LFF, referentes à venda de 20% dos direitos de transmissão, o Inter dá uma baita respirada.
O terceiro motivo: o time. Johnny (22 anos) já tem substituto em casa, bom e barato: Rômulo (23), igualmente jovem e talvez com mais mobilidade e qualidade no passe. Isso sem falar em Gabriel, claro.
O quarto e último motivo é que Johnny só vai para o Betis ao final do Brasileirão.
Bom negócio. O Inter soube aproveitar a grife conquistada por Johnny ao ser convocado para a seleção dos Estados Unidos.