Esses quase R$ 100 milhões em publicidade estática (placas de LED em volta do campo) que o Grêmio pode assinar por cinco anos caem de um céu azul para as combalidas contas tricolores. Não é um dinheiro que entraria todo imediatamente, salvo algum adiantamento além dos R$ 25 milhões à vista.
As regras contábeis e seus exercícios financeiros se movem por movimentos próprios. Mas, como referência, leigamente falando, é uma receita que pulveriza a dívida de R$ 96 milhões. E sem vender ninguém - ao menos até o fechamento dessa edição de GZH.
O Cesar Cidade Dias trouxe no Sala de Redação um dado retirado do conselho fiscal do Grêmio. Suárez, sozinho, já movimentou um volume de dinheiro parecido ao da venda de Arthur, especialmente em novas associações.
À época, março de 2018, a ida do volante ao Barcelona rendeu R$ 120 milhões. Para alguns clubes, vender é vitamina. Para outros, o próprio alimento — mas todos, no Brasil, precisam.
O problema é como agir diante dessa eterna realidade. Pode-se rezar ou ir atrás de novas receitas. Talvez o mais prudente seja aplicar as duas alternativas ao mesmo tempo.