Os movimentos de alguns conselheiros que tentam trazer Paulo Odone de volta ganhou força. Ele próprio não mostrou interesse a princípio, mas recentemente seus defensores viram nele sinais de esperança.
Paulo Odone inaugurou a Arena. Herdou um Grêmio rebaixado e devastado pela gestão Flávio Obino e o trouxe de volta à Série A em 2005 (foi vice da Libertadores em 2007).
Aos 80 anos, seria um nome de peso para sacudir a eleição presidencial. Odorico Roman, Denis Abrahão e Alberto Guerra já estão assanhados e trabalhando nos bastidores à sucessão do presidente Romildo Bolzan, que deixará o Grêmio no fim do ano após três mandatos seguidos, muitos títulos e um rebaixamento para a Série B.
JOGO DE RISCO
Talvez seja exagero de minha parte, mas este jogo de sexta-feira com o Guarani virou de risco para o Grêmio. Sem Ferreira lesionado e Bitello expulso, talvez empate não seja tão mau negócio assim. É pensar pequeno em termos da grandeza tricolor? Pode até ser, mas já está claro que o futebol de alto nível não virá.
Trata-se de subir com o menor risco de possível de tragédia. É isso e nada mais. Nesse sentido, seguir pontuando sem dois jogadores tão essenciais, os únicos capazes de entregar qualidade e agilidade de Série A do meio para a frente, não é desprezível. Tudo bem que o adversário habita o Z-4, mas o Guarani tem tradição.
Foi campeão brasileiro em 1978 e vice em 1986. No ano passado, brigou pelo acesso. É tudo muito ajustado na Série B. Duas ou três vitórias e o Guarani já pega o elevador. Roger apanhará muito se continuar a exibir só uma vitória fora de casa após semana livre para treinar, porém insisto numa questão central.
Meu viés crítico não pode esquecer: este 2022 é um ano resiliência para o Grêmio.