A verdade é que a incompetência de Grêmio e Inter tirou o Gre-Nal da final do Gauchão. Eles se enfrentarão nas semifinais. Tivessem sido os melhores na fase de classificação, conforme exigência mínima de tamanho, tradição e orçamento, decidiriam o campeonato. Esse é o primeiro aspecto dessa fase de classificação. Grêmio e Inter chegam às semifinais sem times que inspirem confiança. O Grêmio foi o segundo melhor. O Inter, apenas o terceiro.
O Inter, com reservas, só empatou com o rebaixado Guarany, em Bagé. Mas é claro que a referência será a boa atuação no Gre-Nal da última quarta-feira, de vitória com supremacia absoluta e rendimento. Em compensação, nas outras partidas todas o Inter deixou a desejar demais.
Que Inter é esse, afinal? Vale o mesmo raciocínio para o Grêmio.
Roger mexeu no time para produzir uma vitória consistente sobre o Ypiranga, um bom time, tanto que liderou o turno. Villasanti, Bitello e Gabriel Silva de novo receberam chance e tornaram o meio-campo mais leve, melhor e com mais capacidade de marcação. O Grêmio não foi ameaçado pelo Ypiranga e por pouco não fez o 3 a 0 que evitaria o clássico agora.
Repetirá esse padrão no Gre-Nal? Mais: terá coragem de levar os meninos para a fumaceira do clássico? Contra o Ypiranga, conseguiu convencer Campaz, o melhor em campo, a marcar como eu nunca tinha visto. Será sempre assim? Se não for, a vida do tripé (Campaz, Villasanti e Bitello) se complicará, sobrecarregando os dois últimos na hora de defender. Gabriel Silva, aberto pela esquerda, foi bem ajudando a fechar o lado e se movimentando. Mas e se Ferreira voltar? Essa vaga é dele. Gabriel poderia, então, herdar a vaga de Campaz, para reforçar o meio.
Enfim, o fato é que este Gre-Nal é mais da incompetência do que da meritocracia. Até por que no meio do caminho houve eliminações medonhas na primeira fase da Copa do Brasil.