Dênis Abrahão fica como vice de futebol. E, suponho, com ele, Vagner Mancini. Era um desejo seu, ao menos. Entendo que a solenidade da derrota do Grêmio exigia mudança no comando técnico.
Em final de ciclo, este tipo de análise é normal. Errado é trocar de técnico como quem desveste bermuda durante o trabalho, como fez o Grêmio na campanha do rebaixamento.
Mas Mancini é bom profissional. Além do mais, na Série B, cujo nível é bem abaixo da elite, tem todas as condições de subir o Grêmio. Mesmo cortando a folha pela metade, de R$ 14 para R$ 7 milhões, ainda assim será o dobro do Botafogo, campeão deste ano.
O Grêmio será o clube mais rico e saudável da Segunda Divisão. Tem obrigação de subir. Pode chegar em quatro lugar. Francamente. É diferente de Vasco e Cruzeiro, que devem 30 velas para cada santo. Mais ainda com a venda de Vanderson para o Brentford.
Imagine o que dá para fazer com R$ 70 milhões, se o Grêmio enfim anunciar um executivo de futebol experiente, tipo Paulo Pelaipe ou Alexandre Mattos? Não subir seria o fim do mundo.