Das necessidades do Inter, que são muitas no elenco, com lacunas de função graves para qualquer técnico montar time, a mais grave está no ataque.
O Inter não tem atacantes.
Se vender Yuri Alberto para o Zenit, da Rússia, acabou.
Todos os outros três — Caio Vidal, Matheus Cadorini e Gustavo Maia — são insuficientes.
Não por serem ruins, mas por não estarem preparados. Não é culpa deles. Receberam poucas chances. Como saber se eles podem ou não vestir a camisa do Inter sem um mínimo de sequência.
Já deveriam ter mais rodagem, mas como foi difícil para eles ganharem minutagem. Gustavo marcou aquele golaço contra o Corinthians e depois só entrou de vez em quando, em vez de ser premiado pela coragem de arriscar o chute de fora da área.
Matheus Cadorini chegou a ser retirado da partida final do Brasileirão sub-20 para ficar à disposição contra o Santos. No entanto, só ficou em pé antes do jogo, no aquecimento. De resto, sentado no banco de reservas, mesmo com Yuri Alberto fora de ritmo e cansado, após retornar de lesão. Deveria ter entrado no segundo tempo, pois claramente Yuri não tinha mais condições.
Convenhamos: não ter atacantes de lado que driblem (ou tentem driblar) é um absurdo, e lá se vão dois anos assim. É urgência urgentíssima entregar ao novo técnico bons atacantes. Ou, pelo menos, atacantes diferentes. Se o técnico for Alexandre "Cacique" Medina, mais ainda. Ele gosta de jogar com extremas.