Dia desses, GZH me pediu um caminho que permitisse o improvável, ou seja, por onde o Grêmio poderia escapar do rebaixamento. Quais as vitórias possíveis? Todas tinham a ver com fatores extracampo do adversário, levando a desinteresses. Uma delas, obrigatória, era um Bragantino envolvido com a final da Sul-Americana.
O técnico Maurício Barbieri surpreendeu: levou a campo uma gurizada. O mais velho tinha 22 anos. Parecia adultos contra crianças. Como se treinasse contra cones, o Grêmio fez 3 a 0 ainda no primeiro tempo. Do meio para a frente, Mancini escalou Jhonata Robert, Campaz (não pode ser reserva deste time), Ferreira e Diego Souza. Lucas Silva e Thiago Santos, pouco exigidos, deram suporte. Rafinha e Bruno Cortez não sofreram diante da baixa qualidade de seus oponentes.
O Grêmio teve ajuda do destino, sim, mas não tem nada a ver com isso. Na conta mágica, o próximo jogo (Chape, saco de pancadas da temporada) e o seguinte (Flamengo Z de Renato antes da final de Libertadores) tem a pegada de ontem. Por fim, um Galo empanturrado e de férias na última rodada. Escapar segue sendo milagre, mas o começo da conta mágica deu certo, ainda que o Grêmio precise somar pontos fora desse roteiro facilitado, é bom que se diga.