Fiquei realmente preocupado com o destempero do Grêmio na derrota de 4 a 0 para o Flamengo. No do lateral-direito Vanderson, especialmente, mas também no do atacante Luiz Fernando, naquele pênalti violento em Michael. E na rotação alta do volante casca grossa Thiago Santos, que chegou a acertar alguns sopapos no capitão Diego Ribas.
Quando Felipão pediu "raiva", após a derrota para o São Paulo, não foi neste sentido, embora a escolha da palavra tenha sido infeliz. Os pontos não virão na gritaria.
Vanderson, que vinha sendo um dos melhores do Grêmio, desfocou nessa tradução errada de alma castelhana e raça. Mais preocupado em colocar o dedo na cara de Everton Ribeiro, com o adversário no chão, ainda por cima, jogou mal.
Só faltava essa. Não bastasse a crise técnica e tática, os poucos que estão realmente bem esquecerem do futebol em nome de uma pseudogarra que pode torná-los comuns. Não é disso que o Grêmio precisa. Ser expulso e deixar os companheiros na mão nada tem a ver com comprometimento.