Eis o fato novo prometido pela direção do Grêmio quando deu o ultimato a Tiago Nunes. Felipão fará sua reestreia no Gre-Nal de sábado. Não terá tempo de nada. O trabalho pós-jogo contra o Palmeiras será leve na quinta-feira. Na sexta, véspera do clássico de sábado, não dá para forçar muito. Será mais na conversa do que no exercício de campo.
Felipão é um treinador consagrado e vencedor. Mas nesse momento não são essas as virtudes que o trazem de volta. Até porque, da outra vez, em 2014 e 2015, ele não ganhou nem Gauchão. Perdeu para o Inter de Diego Aguirre.
Desta vez o Grêmio traz, antes de mais nada, um comandante para dar jeito na tropa. Tudo ficou claro quando Matheus Henrique mandou Tiago Nunes tomar suco de caju. Depois, bateu boca com Kannemann. Está na cara que tem algo errado.
Com Felipão, episódios assim sumirão. Se alguém o xingar, sai do time na hora e conta só depois de uma boa conversa, se voltar. Felipão deixou Romário fora de uma Copa, contra o país inteiro. Não está nem aí para pressão.
O time do Gre- Nal já se sabe como será: muita marcação e cuidados para se defender bem como premissa básica. Não dá para tirar coelho da cartola em alguns dias.
O modelo de um técnico só de campo fracassou, reforçando o departamento de futebol. Felipão chega com a chave do vestiário, permitindo a Romildo Bolzan dedicar-se a sua candidatura a governador. E Marcos Herrmann, a dar entrevistas. Felipão vem para acabar com o diz-que-diz no vestiário tricolor.