A escolha de Felipão como o novo técnico do Grêmio não era unanimidade dentro da direção. Afinal de contas, a saída do treinador em 2015 já ocorreu sob a gestão de Romildo Bolzan Júnior. No entanto, a decisão de retomar as conversas com o ídolo ganhou corpo a partir do desejo de manter a política do clube pacificada.
Nem Felipão, nem Renato agradavam a todos nos bastidores da Arena. Por isso Thiago Gomes foi anunciado como interino. No entanto, a recusa ao nome de Luiz Felipe Scolari gerou desconforto entre a ala de conselheiros ligada ao ex-presidente Fábio Koff.
O grupo pressionou o Conselho de Administração, ponderando que seria oposição nas eleições de 2022 caso as conversas com Felipão não fossem adiante. Como Romildo Bolzan quer eleger um sucessor e manter a pacificação política no Grêmio, aceitou a alternativa.
Mesmo que Felipão possa não ter boa entrada junto ao grupo de jogadores, a direção entende que ele terá capacidade de remobilização.
Em entrevista à Rádio Guaíba nesta quarta-feira (7), Romildo Bolzan assumiu a possibilidade de concorrer ao governo do Estado no ano que vem. O presidente gremista aposta na melhora do futebol e na definição da gestão da Arena para deixar o clube e se candidatar ao Piratini.