O Grêmio terá cerca de 20 dias para treinar e jogar sempre no Rio Grande do Sul até o próximo compromisso longe de Província. Em um calendário inchado, isso é ouro. Enfrenta Santos e Fortaleza em casa na sequência, vai ao Alfredo Jaconi (viagem curtinha, de Gauchão) e encerra a minipré-temporada na Arena, diante do Atlético-GO.
Sem aeroporto, sem avião, sem atraso, sem estresse e menos risco de pegar covid-19. Só jogo e treino. Em casa, com os jogadores perto da família. Será a prova de fogo deste início de trabalho de Tiago Nunes.
O time começou rendendo bem na sua mão, no Gauchão e na Sul-Americana, mas depois se viu que os adversários enganaram. O Inter, até agora em crise. La Equidad e Aragua, colombianos e venezuelanos algo amadores. Restou o Lanús, que não é do pelotão de grife argentino. Que Grêmio é esse, afinal, de Tiago Nunes, o substituto de Renato?
O Brasileirão trouxe incertezas, com enorme dificuldade de criação no meio-campo. Veio a lanterna. Pelo perfil de técnico estudioso e metódico, espera-se que com o tempo possível e boa dose de treinos sem viagem, como ocorrerá agora, Tiago Nunes faça com que o Grêmio chegue mais forte e equilibrado para enfrentar o Palmeiras no Allianz Parque.
Os olhares estarão sobre Tiago. Se o Grêmio não evoluir neste período, em campo e na tabela, pode comprometer o Brasileiro. E com um detalhe: o técnico terá de criar o plano A no meio-campo, com Matheus Henrique, mas terá de ter plano B na manga, sem ele. A Olimpíada é na sequência. Matheus ficará um mês fora. Momento comum só na aparência, mas na verdade decisivo para o Grêmio de Tiago.