O Inter está classificado, sim, e em primeiro lugar no Grupo B da Libertadores, como era o objetivo lá atrás. É um mérito a ser ressaltado. O problema é como isso aconteceu, mais pelos resultados paralelos do que por méritos seus em uma chave fraca.
O epílogo da fase de classificação veio com um empate algo preocupante e constrangedor sem gols contra o modesto Always Ready. Pior: não fez gols no lanterna boliviano, seja na altitude ou ao nível do mar. Jogando como nesta quarta, é fato: o Inter não disputará títulos, seja na Libertadores ou no Brasileirão.
O técnico Miguel Ángel Ramírez redesenhou o time, com Palacios e Galhardo no ataque, por dentro, deixando os lados para os laterais Saravia, que se salvou entre mortos e feridos, e Léo Borges. No meio-campo, Lindoso, Edenilson, Nonato e Taison, em losango.
Com atuações individuais bem abaixo, Taison e Edenilson puxaram a parte coletiva para baixo. Sem drible, errando passes e levando contra-ataques além do razoável, fica a preocupação sobre a evolução. Imaginava-se que, ao final do Gauchão e da fase classificatória, já houvesse uma parte coletiva mais consistente do jogo de posição.
De qualquer maneira, melhor ajustar passando de fase do que sendo eliminado. O problema é que o tempo ganho com uma chave fraca, para errar e acertar sem eliminação, acabou. Agora é mata-mata. E o Brasileirão cobra a conta dos tropeços desde o início.