A qualidade sempre abre novas perspectivas táticas para um time. Ainda mais se esse jogador tiver consciência coletiva adquirida lá fora, disputando Liga dos Campeões da Europa e integrando o grupo de uma Copa do Mundo, como Taison.
A entrevista de apresentação de Taison mostrou um jogador maduro nesse sentido, aos 33 anos. Penso que Ramírez poderia deixá-lo com mais liberdade e menos lides defensivas.
Rodrigo Dourado seria o volante. À frente dele, uma linha de jogadores com disciplina tática, capazes de participar das duas fases do jogo, na hora de defender e atacar: Edenilson pela direita, Patrick na esquerda e Praxedes centralizado. Na frente, Taison flutuando e Yuri Alberto como centroavante.
A partir daí, conforme o adversário, Ramírez iria mexendo aqui e ali. Contra retrancas, tira Patrick, puxa Taison para dentro e entra como um ponteiro-esquerdo. Ou dois avantes, Yuri e Guerrero. O espanhol já disse que não abre mão de suas ideias, o que é muito justo. Foi contratado por elas, inclusive.
Mas ele já admitiu que pode alterar o sistema. Como, aliás, fez na altitude de La Paz durante a partida, ainda que premido pelas circunstâncias.
Taison, enfim, pode redesenhar o Inter para melhor.