Taison está oficialmente apresentado pelo Inter. Depois de uma década no futebol ucraniano, o meia-atacante deu, no início da tarde desta sexta-feira (23), a primeira entrevista coletiva após acertar seu retorno ao Beira-Rio. De cara, o jogador falou sobre o que mudou daquele garoto que deixou o clube em 2010 e quais suas ambições com a camisa colorada.
— Saí daqui com 22 anos, campeão de Libertadores e da Copa Sul-Americana, campeão gaúcho invicto. Volto mais experiente, estive numa Copa do Mundo, 300 jogos com a camisa do Shakhtar, capitão, joguei Champions League, Liga Europa. Agora, é uma nova história. Voltei para o clube que eu amo. Volto mais experiente, volto para ajudar os mais jovens. Mais importante, volto feliz e bem condicionado. Volto para conquistar coisas grandes — destacou o novo camisa 10 colorado.
Antes do reforço colorada falar, o presidente Alessandro Barcellos discursou e classificou Taison como um "jogador com a cara do Inter" e "identificado com o povo colorado". Sobre essa idolatria, ele afirmou:
— Me tornei isso para a torcida com muito trabalho. Sempre trabalhei muito. Isso faz a gente conquistar coisas. Se não trabalhar forte, não vai conquistar. Tem de pensar sempre na frente, jogo a jogo, passo a passo. Não dá para pensar em ser campeão com muitos jogos pela frente. Agradeço por ter me tornado essa pessoa que me torneie para a torcida colorada. Tive outras propostas de fora, para ficar na Europa, mas a minha cabeça estava focada no Inter. Só quero honrar essa camisa.
Sobre a camisa, aliás, ele usará a 10 que era do amigo D'Alessandro, com quem conviveu no início da carreira. Durante a entrevista, citou D'Ale e Bolívar como jogadores que lhe ajudaram no começo da trajetória no Inter, e espera poder ajudar atletas mais jovens. Sobre a herança do argentino, diz que recebeu uma ligação do amigo, que lhe desejou um bom retorno ao clube.
— Tive de pedir a permissão para usar a camisa número 10, e ele liberou. Estou muito feliz por estar aqui, voltar ao meu clube, e espero trazer alegrias à torcida. Cheguei, tô aqui, tô à disposição para trabalhar e brigar pelo meu espaço — ressaltou.
Embora o número da camisa seja 10, ainda não sabe qual a posição que irá atuar. Na Europa, jogou tanto aberto, pelo lado do campo, quanto por dentro, centralizado. Garantiu não ter preferência e disse que a decisão será do técnico Miguel Ángel Ramírez, a quem chamou de "mister" ao longo da entrevista.
— Ainda não tive a conversa com o mister. Daqui a pouco vou conversar com ele. Me sinto bem pelo lado do campo, por dentro, onde ele precisar vou estar à disposição. Isso vai depender dele, não de mim. Onde me colocar vou ajudar — assegurou.
Taison ainda não poderá estrear no jogo contra o Esportivo, neste sábado, pela última rodada da fase de grupos do Gauchão. Mas está inscrito na Libertadores e já teve o contrato publicado no Boletim Informativo Diário da CBF, o que faz com que já possa ser relacionado e atuar na terça-feira, contra o Deportivo Táchira.