É um erro pensar que o Grêmio terá alguma vantagem até as finais da Copa do Brasil por ter menos jogos a disputar no Campeonato Brasileiro. São dois, enquanto o Palmeiras tem quatro, contando o de ontem diante do Coritiba. O Grêmio, criticado pela parte física em vários momentos na temporada, não terá refresco por isso.
O Brasileirão é amistoso para o Palmeiras. Como campeão da América, já tem vaga garantida no ano que vem. O Grêmio, ainda não. Não duvido que os jogos do Grêmio produzam até mais desgaste. O Palmeiras entrará rachando para dar uma resposta após o fiasco de finalizar o Mundial em quarto lugar.
Mas, repito: não é bicho-papão. Não é o Bayern. Ganhou do Santos na final da Libertadores com um gol de chiripa nos acréscimos, de Breno, que raramente entrava nos jogos. E pagou vale no Catar.
O problema do Grêmio está em casa. Precisa entender o que está acontecendo para jogar tão pouco. Até na goleada sobre o Botafogo deu para ver erros, alertados pelo próprio Renato. Claro que o Palmeiras é um inimigo de respeito, mas o adversário maior do Grêmio, hoje, é o próprio Grêmio. Inclusive por ir mal no Brasileiro a ponto de a taça da Copa do Brasil ser a salvação da lavoura.
Se ganhar, será hexa com os R$ 52 milhões de prêmio e vaga direta na Libertadores. Se perder, nada de título, menos grana e a complicação da Pré-Libertadores, com direito a altitude de Cusco logo ali contra um tal de Ayacucho. O primeiro jogo das finais da Copa do Brasil é no dia 28 de fevereiro, na Arena.