Ao decidir-se pelo Nacional, de Montevidéu, D'Alessandro não escolhe apenas estar perto de Buenos Aires e Porto Alegre, onde moram seus familiares. Penso que há algo mais por trás de sua decisão. Ele repete o epílogo de carreira de um grande amigo: Marcelo Gallardo.
Já pensando em virar treinador, Muñeco jogou uma última temporada no Parque Central, em 2011, e por lá mesmo assumiu prancheta, deflagrando sua incrível trajetória como técnico.
O segundo passo de Marcelo Gallardo, claramente pensado desde quando ele se transferiu para o Nacional ainda como jogador, o mundo conhece. Foi treinar o River Plate, com os resultados que todos conhecemos, a partir de 2014, assumindo uma impressionante hegemonia na Argentina, sobre o Boca Juniores, e no continente.
D'Alessandro já tem licença da AFA, porém nunca descartou exercer um cargo de gestão. Lembro bem de sua última entrevista para um veículo brasileiro, o SporTV, no Pequeno Grande Círculo, porque participei dela: D'Ale deixou o futuro em aberto. O Inter de Alessandro Barcellos está abrindo o cargo de gerente, e ele tem três anos na presidência.
Não sei se D'Alessandro pensa necessariamente em ser técnico, seja do River Plate ou do próprio Inter, clubes nos quais é ídolo, mas este repeteco do amigo Gallardo dará muito pano para manga.