O empate no Gre-Nal é bom para Inter. Ou aceitável, melhor assim. Se ambos, Grêmio e Inter, aliás, pudessem assinar um acordo secreto em duas vias, o fariam.
Na mídia, claro que ninguém vai admitir que o medo de perder fala mais alto neste momento de instabilidade. São desfalques severos nos dois lados. É quase impossível arriscar comportamentos ofensivos tipo Bielsa ou Sampaoli. Nenhum dos dois vem conseguindo amassar adversários com bola no chão.
O Inter vem duas derrotas terríveis no Brasileirão, diante de oponentes medianos. Quase entregou a vitória para o America-COL, um adversário sem ritmo, que mal voltara a jogar. Levou cinco gols em três partidas.
Vitória virtualmente classificaria, com 10 pontos, mas uma postura agressiva em momento de desordem defensiva seria arriscado demais. Se não levar gol, o Inter se posiciona bem para a vaga. O empate não é ruim para o Grêmio também, mas digamos que é mais satisfatório para o Inter, pois seguiria líder do Grupo E.
Não digo que Eduardo Coudet precise ressuscitar Musto e Lindoso juntos. Aí é trazer o adversário para o seu campo. Falo da postura. Não vejo o Inter freneticamente propondo e se expondo a erro.
O jogo de xadrez do Gre-Nal, que envolve pontuação e circunstâncias, indica que o empate (lembrete: se não tomar gol, não perde) salva gregos e troianos da desarrumação.
Repito: traz mais benefícios para o Inter, embora eu creia em classificação do Grêmio em caso de empate, com seus dois jogos na Arena na sequência, diante de Católica e América. Só que haverá mais pressão, pois a conta terá que ser de 100% de aproveitamento, com risco de perda de foco no Brasileirão.
O certo é que, isso sim: o derrotado vai se atolar no pântano medonho da depressão e da crise.