No Sala de Redação desta terça-feira (22/6), o presidente Marcelo Medeiros revelou que, pela segunda semana seguida, a receita do quadro social do Inter cresceu em relação ao mesmo período do mês anterior.
Aqui em GZH e na minha coluna impressa, em Zero Hora, informei em primeira mão, na semana passada, que o clube estava em festa em razão do aumento de 18% da receita mensal, de maio para junho.
É que, diante da queda monstruosa de receitas produzida pelo recesso dos campeonatos, a sangria do única fonte fixa e sagrado de recursos seria o fim. O alerta acendeu com força.
Imediatamente, o Inter fez uma campanha garantindo camiseta especial e nome em um monumento a ser construído no Beira-Rio para quem, com esforço, se mantivesse em dia. Quase mil adiantaram seis meses de mensalidade, para garantir a camiseta já. Outros tantos pagaram até cinco, quatro, duas. Ou apenas mantiveram o pagamento do mês, sem deixar de pagar.
O fato é que, segundo Marcelo Medeiros, esse movimentos todos retomaram a receita integral do Inter com sua base de 120 mil sócios, que é da ordem de R$ 7 milhões mensais.
É este valor retomado, somado aos outros R$ 7 milhões que o Inter tomará da linha de crédito da CBF (o valor entra na conta vermelha ainda esta semana), acrescido ainda aos cortes de funcionários e da redução salarial de 25% do grupo de jogadores, que está salvando a pele do Inter durante a pandemia.
O mês de junho vai terminar com salários de atletas e funcionários em dia. Se não fosse a fidelidade dos sócios, que atenderam ao apelo da clube mesmo em meio à crise geral produzida pela pandemia, a situação do Inter já estaria caótica.
Isso é certo como a chegada do inverno. Só não dá para se iludir. Se o futebol não voltar, mesmo com o esforço dos sócios, será impossível fechar os meses seguintes com as contas em dia. O dinheiro da CBF não será eterno.