Pouca gente lembra, mas Fernandão vestiu muitas vezes a camisa da Seleção Brasileira. A principal, uma só vez, em um amistoso no qual foram chamados jogadores em atividade no Brasil. Ali, inclusive, conheceu Rogério Ceni e dele ficou muito amigo, a partir de um laço: ambos eram pais de gêmeos.
Mas, antes, em 1997, Fernandão jogou o Mundial Sub-20, na Malásia. O Brasil foi eliminado nas quartas pela Argentina de Riquelme, que depois sagrou-se campeã tendo Scaloni, atual técnico, na lateral direita. Embora perder para a Argentina nunca possa ser considerado surpresa, ninguém esperava. A campanha vinha naquele Mundial da Malásia vinha sendo arrasadora. Na fase de grupos, primeiro lugar, superando França e com direito a um 10 a 3 na Coréia, dois gols de Fernandão.
Nas oitavas de final, outra goleada incrível da seleção sub-20: 10 a 0 na Bélgica. O time tinha, entre outros, o zagueiro Álvaro e o volante Fabiano, revelações do São Paulo que depois jogaram no Inter. Também exibia os habilidosos meias Alex e Pedrinho, jóias das bases de Coritiba e Vasco, além dos laterais Paulo César e Athirson, ambos do Flamengo.
Uma seleção de cariocas e paulistas, à exceção de Fernandão, já goleador do Goiás. Uma derrota que, lá no fundo, ajudou a impulsionar o seu discurso tão confiante no vestiário de que, sim, era possível vencer o poderoso Barcelona de Ronaldinho, Deco e Iniesta. Quase dez anos depois daquela derrota em 1997, Fernandão realizaria o sonho adiado de ser campeão do mundo, na condição de estrela-guia do Inter.