O Grêmio, depois da derrota na estreia diante do Caxias, passeou no Bento Freitas. A vitória por só 1 a 0 foi um milagre, pelo que os titulares produziram, com três bolas na trave, um pênalti perdido e muitas chances claríssimas de gol criadas.
O Brasil-Pel, se jogar como neste domingo, é candidato a rebaixamento. Lento e sem criatividade, raramente chega ao ataque. O técnico Gustavo Papa terá de mexer na dupla de volantes Simião e Leandro Leite. É preciso mais vigor e mobilidade.
A boa notícia para o Grêmio é que o triunfo não teve nada de aleatório, mas resultou do padrão Renato Portaluppi: mobilidade, troca de passes e muitas finalizações. Lucas Silva, mais postado, evoluiu, liberando Maicon, que teve atuação de luxo distribuindo. Ele foi o armador gremista. Patrick, em sua terceira chance como meia central, melhorou. Bem no primeiro tempo, caiu no segundo. Tem de melhorar a finalização.
Victor Ferraz foi o melhor em campo, com repertório amplo e diversificado, na lateral-direita. Colocou o jogo no bolso. Apareceu muito bem por dentro, o que é acréscimo em relação a Leonado Gomes, titular em 2019 que se recupera de lesão. Surgiu na área com regularidade. Acertou uma bola no trave surgindo como centroavante e teve um gol anulado. Nos dois lances, esse é o ponto, estava dentro da área, finalizando.
Everton está se soltando. Faltou mais eficiência de todos na conclusão, o que explica a obsessão por contratar um centroavante com mais facilidade para definir os lances fatais.
Claro que é preciso dar um desconto. O nível dos estaduais não é o mesmo de Brasileirão e Libertadores, mas a segunda amostragem tricolor no cenário possível de avaliação, por enquanto, foi boa. É aquela história: só não pode se enganar com boas atuações no Gauchão, mas antes tê-las como amostragem do que corrigir defeitos sofrendo empates e derrotas nessa parte do calendário.