A presença dos filhos na entrevista coletiva trazem um simbolismo certamente buscado por Thiago Neves na apresentação. Não há como resistir à imagem de um pai e seus pequenos herdeiros felizes ao redor. Desembarcou em Porto Alegre com a família. Relembrou que é casado há 10 anos. Sem noite, portanto, no imaginário do torcedor.
Aceitou as imposições do Grêmio: um ano de contrato e cláusulas de produtividade. Usou o verbo “reconstruir”, admitindo a imagem arranhada pelo rebaixamento conturbado no Cruzeiro. Parecia dizer, nas entrelinhas: “Podem acreditar que vou correr como nos velhos tempos, sem polêmicas, em silêncio, só treinando e jogando”.
Sigo com minha firme convicção: Renato vê nele um novo Douglas. Não idêntico, é claro. Aquele era mestre do passe, pifador clássico, enquanto este é mais agudo, do gol em si.
Mas, tanto lá quanto cá, o técnico tricolor apostou 100% em jogadores bem acima dos 30 anos, contestados pela própria torcida e envoltos em desconfiança geral por já não ajudarem muito nas lides defensivas.
Nem é preciso dizer o quanto deu certo com Douglas. Quanto a Diego Souza, impressionou-me a silhueta esguia, diferente dos quilos a mais do Botafogo. A primeira impressão de ambos foi boa.