Os debates em termos de escalação ideal para o Grêmio que decidirá com o Flamengo uma vaga na final da Libertadores andam em círculos. O mesmo Michel que agora é exigido como esteio do meio-campo deixou o time na cirurgia feita por Renato Portaluppi na primeira fase da competição. Nem o talento de Everton estava salvando.
Só quando saíram Michel, Luan e Montoya o Grêmio deslanchou. Entraram Matheus Henrique, Jean Pyerre e Alisson. Foi com Maicon e o agora selecionável Matheus que Renato reencaixou a equipe, chegando até aqui.
Na eliminação para o Athletico-PR na Copa do Brasil, não havia Maicon. E o Grêmio não marcou ninguém. Se a ideia é colocar Michel para ele não passar da intermediária, desobrigando Matheus e Luan das lides operárias, não vai funcionar.
Esse futebol não existe mais. Antes, Luan tinha de sair. Agora, tem de entrar. A questão é coletiva. Sem essa consciência, nada feito. Na Arena, contra o Flamengo, tendo de fazer o resultado, o Grêmio tem de marcar, mas também precisa jogar.
Não sei se ele terá tempo de entrar em ritmo em um semana, e por isso é importante vê-lo em ação contra o Avaí, nesta quinta-feira. Com a bola no pé, Maicon é absoluto.