Enviadas desde Jeddah, dia desses desembarcaram no Aeroporto Salgado Filho as chuteiras de Marcelo Grohe, 32 anos, que deixou o Grêmio no ano passado.
O destino das chuteiras do camisa 1 era o Laboratório do Pé, empresa gaúcha que fabrica palmilhas personalizadas, com tecnologia para combater lesões típicas do esporte.
No caso do ex-goleiro do Grêmio, a lesão em questão é a famigerada fascite plantar. As dores regrediram quando ele começou a usá-las, aliadas ao tratamento médico que realizava no CT Luiz Carvalho, nas cercanias da Arena.
Ao ser negociado com o Al-Ittithad, em janeiro deste ano, Grohe levou 16 palmilhas para a Arábia Saudita, mas a chuteira nova exigia outro desenho, novamente sob medida. Daí a encomenda enviada por ele a Porto Alegre, desembarcada no Salgado Filho.
A empreitada com as chuteiras é bem a cara de Marcelo Grohe, que sempre pautou a carreira pelo profissionalismo e seriedade para atingir a alta performance. Vale lembrar que ele foi paciente de uma cirurgia no punho, em Madri, na Espanha. Passou 10 meses parado. Mas já voltou a atuar, com muito esforço para se recuperar. Segue atento a todos os detalhes para engrenar em seu novo clube.
A fascite plantar é quase uma lesão da moda, tal a frequência que ela perturba as rotinas do futebol. Pelo que ouvi de alguns jogadores, é mais ou menos como se uma agulha passasse o tempo todo penetrando a pele. Luan padece deste mal há anos, por exemplo. Quando menos se espera, lá vem a dor outra vez.