Diante das lesões do eficiente Leonardo Gomes e do talentoso Leonardo Moura, improvisar Paulo Miranda na lateral direita do Grêmio, pensando no Flamengo, lá adiante, no confronto semifinal de Libertadores, é um risco desnecessário de assumir.
Este ano, quando Paulo Miranda recebeu chance na zaga, sua posição de origem, revelou-se lento no mano a mano. Imagine pelo lado, então, topando com Bruno Henrique a todo instante. Arrascaeta também cai por ali.
Além do mais, na Arena, o Grêmio precisa abrir vantagem. Não pode deixar tudo para o Maracanã. Necessariamente, se quiser ir à final, terá de adotar uma postura mais agressiva em casa. Outra: não faz sentido ter três laterais de ofício (Léo Gomes, Léo Moura e Galhardo) e, na hora agá, improvisar um zagueiro na função.
Paulo Miranda já quebrou galho ali, nos tempos de São Paulo, mas faz muito tempo. Numa emergência, tudo bem. Desde o início, tendo um de ofício para escalar, não vejo lógica.
Galhardo foi mal diante do Athletico-PR, na dura eliminação da Copa do Brasil. Concordo. Melhorou contra o Cruzeiro, especialmente no ataque. Tem qualidade na bola parada, cobrança de falta, escanteio e pênalti.
Galhardo não é a solução ideal, mas é a melhor entre as piores para o Grêmio.