A derrota por 2 a 0 no Maracanã impôs um jogo da volta no fio da navalha no Beira-Rio. Com muita luta, o Inter chegou a estar perto do 2 a 0, mas levou um gol de contra-ataque, com Gabigol, igual ao de Bruno Henrique, no Rio. O empate em 1 a 1 fez justiça no confronto. A verdade é que o Flamengo tem mais qualidade, e foi ela que tirou o Inter da semifinal da Libertadores. Na quarta-feira (28), em sua tentativa improvável, o Inter cometeu um pecado: demorou para arriscar.
O primeiro tempo foi nulo. O medo de levar o gol qualificado paralisou o time de Odair. Escalado sem um jogador de velocidade para aproveitar a vocação ofensiva do Flamengo, que dá espaço, ficou muito atrás. Jamais ameaçou o goleiro Diego Alves. Guerrero morreu à míngua. Quando era acionado, recebia sozinho, de costas, com três a marcá-lo. A transição falhou. Restou a bola aérea e a ligação direta. Confortável, o Flamengo teve a posse de bola, uma milagre de Lomba a 2 minutos e uma chance perdida por Gabigol, cara a cara com o goleiro.
Na volta do intervalo, a atitude mudou. Logo aos cinco minutos, Odair troca Sobis por Nico López. Em seguida, Uendel por Wellington Silva, passando Patrick para a lateral, adotando o 4-2-3-1, centralizando D’Ale. Aí, com mais agressividade colorada, o Flamengo recuou. O gol de cabeça, de Lindoso, nasce na cobrança de uma falta gerada pelo volume de jogo.
Aí virou pressão, na garra, mais no grito do que na lucidez, insistindo pelo alto, sem criação. Agora é não entrar em parafuso. Não há motivo. O ano não está perdido. A vaga na final da Copa do Brasil está perto.