Sobre o futuro Centro de Treinamento (CT) do Inter, em Guaíba, na área onde seria instalada a fábrica da Ford, no fim dos anos 1990, há dois caminhos para buscar recursos necessários para investimento. Um é pela Lei de Incentivo ao Esporte, com verba da União reservada no orçamento federal para projetos do gênero que incluam categorias de base.
O outro é um investidor privado.
A área de 78 hectares será repassada ao Inter em definitivo, pelo governo estadual, através de projeto de lei já costurado na Assembleia Legislativa. É só aprovar. Não tardará a ir a plenário, articulado pelo deputado Frederico Antunes (PP), líder do governo Eduardo Leite (PSDB) no Parlamento gaúcho.
É o mesmo caminho político feito pelo Grêmio para obter a posse do terreno do CT Luiz Carvalho, cujo dono era o poder público, no final da gestão José Ivo Sartori (PMDB).
Entre as contrapartidas sociais coloradas, que hoje paga aluguel mensal de cerca de R$ 20 mil pelo local aos cofres públicos, está a manutenção de seis escolas em má conservação, nos municípios de Guaíba e Eldorado do Sul, entre outras ações nas cercanias da Estrada do Conde. Com licença de instalação emitida, o que inclui todas as liberações ambientais resolvidas, é só colocar o primeiro tijolo.
Desde que o Inter arrume dinheiro, é claro. La atrás se falava em R$ 70 milhões para começo de conversa, mas a estimativa baixou, conforme me disse certa vez o vice-presidente do Inter, Alexandre Chaves Barcellos.
