Correção: o técnico do Inter, Odair Hellmann, é catarinense e não gaúcho como publicado entre as 10h e as 10h40min de 18 de julho. O texto já foi corrigido.
De novo, a história da escola "gaúcha" de técnicos. Dos quatro clubes que seguem na briga pelo título da torneio nacional de mata-mata, três comandantes são nascidos na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e um praticamente cria do Estado, embora seja natural de Santa Catarina.
Renato Portaluppi, no Grêmio, de Guaporé (RS).
Odair Hellmann, no Inter, de Salete (SC).
Tiago Nunes, no Athletico-PR, de Santa Maria (RS).
E, por fim, Mano Menezes, no Cruzeiro, de Passo do Sobrado (RS).
E vale lembrar que dois eliminados também eram comandados por gaúchos, casos de Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, e Roger Machado, do Bahia.
Se levarmos em conta que Tite é técnico da Seleção Brasileira, é óbvio que vale reerguer o tema. Ainda mais se retrocedermos no tempo e verificarmos os antecessores de Tite: Dunga, Felipão, Mano, Dunga.
Em Copas do Mundo, a hegemonia também é consistente: Felipão (2002), Dunga (2010), Felipão (2014) e Tite (2018). Das últimas quatro, só em 2006, com Carlos Alberto Parreira, não havia um gaúcho na casamata.
E, ao que tudo indica, Tite comandará o Brasil na Copa do Catar, em 2022, ainda mais com o crédito recuperado aos olhos do império do resultado, após a taça na Copa América.
Será que existe mesmo uma escola gaúcha de treinadores, em um Estado que desde lá atrás sempre deu mais importância para questões táticas, sobretudo a relevância de saber se defender, em vez de apenas atacar no embalo do suposto talento inato de nossos jogadores?
Ou a organização foi uma maneria gaúcha de se contrapor aos clubes de Rio e São Paulo, que tem mais dinheiros para formar grandes times, por estarem em centros economicamente mais fortes? A proximidade com uruguaios e argentinos, apaixonados por tática há décadas, talvez?
É um bom debate.