Em tese, um jovem de 21 anos como Nonato, ávido por se firmar na carreira, não estaria cansado após meia dúzia de jogos. Logo, poupá-lo em nome da volta do recuperado Patrick não faria sentido, já que o Inter melhorou com ele.
Com Nonato, o Inter ganhou repertório, passes e diálogo entre D'Alessandro, Edenilson, o próprio Nonato e Paolo Guerrero – e sem perder em marcação.
Só que há informações físicas e médicas. Só o clube as têm, e não as divulga. Como saber? Estar desabituado a uma sequência intensa – o mundo profissional é totalmente diferente da base – pode repercutir no risco de lesão.
A juventude não é invencível e imune a lesões, mesmo que Nonato seja mais jogador do que Patrick.
Posso apostar que, na ideia de utilização de Patrick, exista o dedo de Odair Hellmann reforçando a ideia coletiva, do grupo forte, principal virtude colorada, lidando com o nervosismo vascaíno e apostando no jogo de contra-ataque.
A primeira vitória fora de casa no Brasileirão pode até não vir nessa estratégia, mas é certo que o Inter, por característica de seu treinador, levará uma ideia bem definida ao Rio. E, certa ou errada, ela será seguida à risca e com empenho pelas jogadores.
É aquela história: antes uma ideia ruim, seja ela qual for, do que não ter ideia alguma.