A prova de que está tudo errado na seleção da Argentina é a eleição do culpado pelos 26 anos sem título. Como se sabe, desde a Copa América de 1993 os hermanos não ganham nem torneio de pife. Quando Lionel Messi é o problema, então é grave mesmo.
Na final da Copa de 2014, eu estava no Maracanã, na mesma linha que Higuaín recebeu um passe perfeito para deslocar Neuer, com tempo e espaço de sobra para pensar o que fazer. Minha mãe, e também a sua, fariam. Higuaín errou, como sempre, com a camisa da seleção.
A Alemanha sagrou-se campeã com um magro 1 a 0. É como se os jogadores dessem a bola para Messi e dissessem: "se vira". É bola nele e ninguém mais se mexe. Por melhor que seja La Pulga, não há como driblar cinco. O furo é mais embaixo.
O diagnóstico do jejum de taças soma técnico interino e AFA às voltas com intervenção da FIFA. A derrota por 2 a 0 para uma geração colombiana de qualidade (James Rodríguez, Falcão García, Juan Cuadrado, Yerry Mina) é reflexo desse cenário amplo.
Ruim com Messi? Imagine sem ele.