O adeus do pifador
Douglas, 37 anos, anunciou pelas redes sociais o fim de seu ciclo no Grêmio. Não terá o seu contrato renovado, após duas cirurgias no mesmo joelho. É uma espécie em extinção. Os clubes não investem mais na formação do armador de talento.
Querem atacantes, para vender e ganhar dinheiro. É comum ver equipes (e jogando bem, que fique claro) sem o chamado 10 clássico. Posso apostar que, mesmo quase quarentão, não lhe faltará emprego no Brasil.
Motor desligado
Outro que deixou o Grêmio durante semana foi Ramiro. Uma dívida com o investidor que, em 2012, comprou cotas dos direitos econômicos do volante, ajudando o caixa no período de vacas magras, obrigou o presidente Romildo Bolzan a liberá-lo para o Corinthians.
É uma enorme perda. Jogava para o time, abrindo mais do brilho pessoal, e fazia isso com qualidade. Defendia, armava e finalizava. Não será tão fácil assim para Renato arrumar no mercado e encaixar outro motor como Ramiro, de apenas 25 anos, experiente e tão integrado ao universo gremista.
Sem centroavante
Em 2019, o Inter não terá Leandro Damião, o 10º maior artilheiro de sua história, com 108 gols. Aos 29 anos, ele aceitou proposta irrecusável do Japão.
No Beira-Rio, apostava-se na renovação, mesmo tendo de pagar seu salário integralmente, e não mais com o Santos. Damião só fez menos gols do que Nico López em 2018, e ainda assim em menos jogos. Como Guerrero só pode fardar a partir de 23 de abril, ao final de sua suspensão por doping, o Inter deve fechar 2018 sem centroavante. Ou com Jonatan Alvez, o que dá na mesma.
Conquista inédita
O Atlético-PR fez a sua pior partida justamente na final da Sul-Americana, na Arena da Baixada, mas o Junior Barranquilla abusou de perder pênaltis e gols feitos. Pagou o preço de não matar o jogo. Saiu atrás, no primeiro tempo, mas patrolou no segundo e na prorrogação. Na decisão dos pênaltis, o técnico gaúcho Tiago Nunes ganhou o inédito título internacional para o Atlético-PR. Justo, pelo conjunto da obra de toda a competição.