A Copa Sul-Americana tem um campeão inédito. O Atlético-PR venceu o Junior-COL nos pênaltis, na noite de ontem, na Arena da Baixada, em Curitiba, e conquistou o primeiro título internacional na história de 94 anos da equipe.
Diferente do que ocorreu na Colômbia, na semana passada, o time comandado pelo gaúcho Tiago Nunes foi agressivo desde o início do jogo. Aos 5 minutos, Nikão cobrou uma falta rente ao travessão e animou os mais de 40 mil torcedores presentes ao estádio — que teve novo recorde de público. Um minuto depois, Renan Lodi avançou pela esquerda e chutou para fora. Aos 8, Marcelo Cirino experimentou de longe, mas errou o alvo.
Mas não demorou para aparecer o artilheiro. Depois de uma saída de jogo errada do Junior-COL, Léo Pereira tabelou com Pablo e colocou o centroavante na cara do gol. Como um bom matador, ele aproveitou a saída de Vieira e, aos 25 minutos, abriu o placar: 1 a 0. Depois do gol, o time do uruguaio Julio Comesaña tentou subir mais ao ataque, mas sem efetividade.
No segundo tempo, antes mesmo de completar o primeiro minuto, Pablo foi acionado por Raphael Veiga e só não ampliou o marcador porque Vieira fez uma bonita defesa. Mas quem imaginou que os paranaenses continuariam pressionando o adversário, se enganou. Aos 12 minutos da etapa final, Díaz cobrou escanteio, o zagueiro Gómez cabeceou e o centroavante Téo Gutiérrez desviou a bola tirando qualquer chance de defesa de Santos: 1 a 1.
E o Junior-COL não parou por aí. Dois minutos depois, Barrera deixou Díaz na cara do gol, mas o atacante chutou para fora, rente à trave. Aos 21, Téo Gutiérrez mandou uma bomba que passou bem perto do gol de Santos.
Depois de um momento ruim da equipe, Pablo assumiu a responsabilidade e quase colocou o Atlético-PR novamente na frente. O artilheiro recebeu bom passe na entrada da área e chutou para o gol. A bola desviou e quase enganou o goleiro Vieira.
A final ficou totalmente aberta. As duas equipes davam espaço e parecia que o gol sairia a qualquer momento. Porém, dentro de campo, brasileiros e colombianos erravam o alvo e a decisão ficou para a prorrogação. Nos primeiros 15 minutos, poucas oportunidades foram criadas. Mas, no segundo tempo, um pênalti de Santos em González parecia que acabaria com o sonho atleticano. Para a sorte da equipe de Tiago Nunes, o camisa 10 Barrera isolou a cobrança. Era o prenúncio do título.
Nas cobranças de pênaltis, a equipe brasileira entrou para a história ao acertar quatro cobranças, enquanto os colombianos converteram apenas três.