Rodrigo Caetano e André Zanotta estão de olhos arregalados. O azar medonho no sorteio da fase de grupos da Libertadores aumenta a responsabilidade dos executivos de Inter e de Grêmio. O Inter perdeu Damião. O Grêmio, Ramiro. Com os times atuais da dupla Gre-Nal, e com o futebol praticado na reta final do Brasileirão, há chances de eliminação, sim, senhor.
Inter e Grêmio caíram nas chaves mais difíceis. O Inter terá de medir forças com o River Plate, atual campeão. Mesmo o Alianza Lima, em tese o mais fraco, é um clube grande, popular e tradicional no Peru. E, da fase preliminar, podem vir São Paulo ou Talleres, da Argentina. O Inter pode ser o primeiro do grupo, mas se for o último não tem espanto. Isso hoje, claro. Mas os colorados tinham, mesmo, mais chances de ser azarados.
O Grêmio, por ser cabeça de chave, não. Só que deu tudo errado, e mais um pouco. Pegar o Rosario Central, que o eliminou em 2016 e vive grande fase, é falta total de sorte. Da preliminar deve vir o Atlético Nacional, campeão da Libertadores em 2016. A Católica é a mais fraca, mas exala tradição, como o Alianza no grupo do Inter.
Deslocamentos bons, nada de altitude. E daí? Nenhuma boia dada. Grêmio e Inter que se apressem na montagem _ ou remontagem _ de seus times, se não quiserem correr risco sério de naufrágio na primeira fase. Um cochilo e já era. Caetano e Zanotta: mãos à obra.