O Sport é muito inferior e deu espaços, mas o Inter passou tempo demais sem lucidez para aproveitá-los. A derrota por 2 a 1, outra vez de virada para um time do Z-4, como diante da Chape, sinaliza que o Inter perde fôlego quando tinha de crescer. Será difícil reagir diante da queda de rendimento, que nesta sexta-feira à noite atingiu o seu pior momento, abstraindo o resultado.
O gol de empate do Sport foi sobre a zaga reserva. A derrota impede o Inter de fechar a rodada como líder. Permite que São Paulo ou Palmeiras abra vantagem.
D'Alessandro entrou no lugar de Rossi a 11 da segunda etapa. Até ali, nada se criava. A partir dele, com alguma qualidade no passe, nasceu o gol do Inter. Após 10 minutos em campo, ele achou Nico López: 1 a 0. Erros individuais medonhos permitiram a virada. Sem explicação, bateu aquela depressão coletiva de 2016.
O primeiro tempo foi horrível. Camilo e Patrick buscavam a bola cá embaixo, tal a incapacidade de Emerson e Klaus na transição. Baixando demais, espaçavam o time. Melhorou um tanto na volta do intervalo, mas não o suficiente.
Um golpe duro. Talvez irreversível. A queda de rendimento, já pontuada por este colunista, chegou ao seu pior nível na Ilha. É isso, mais até que a derrota, o mais grave na projeção colorada. Se não voltar a jogar, nada feito.