Se o Estudiantes vier mesmo no 4-1-4-1, o ideal para o Grêmio é marcar um gol logo de cara. Trata-se de um esquema apropriado para se defender, pois facilita a compactação. É óbvio que haverá disciplina pétrea dos extremas na recomposição.
Dependendo de como eles voltarem, não duvido de que o técnico Leandro Benítez forme uma linha mais baixa de seis, e não de cinco jogadores. Tipo paredão mesmo. A boa notícia para o Grêmio é a provável volta de Bragna.
O volante veterano de 39 anos ficaria entre as linhas, em substituição a Zuqui, expulso lá em Quilmes. Ele tem menos mobilidade. Além do mais, retorna de lesão e só jogou uma vez na temporada. Uma temeridade, mas o Grêmio nada tem a ver com isso. O Estudiantes não tem peças de reposição. É aí que entra Luan.
O setor por onde Luan encantou o continente ao ponto de ser escolhido o craque das Américas é justamente por trás dos volantes da linha mais adiantada dos adversários. Nos melhores momentos do Grêmio, ele flutuou por esta faixa central como enorme desenvoltura, regendo seus companheiros.
Sem a figura de Arthur como apoiador e uma retranca para furar, o Grêmio precisará mais do que nunca de duas armas. Uma é o drible, e para isso há Everton. A outra é rapidez no passe vertical, na aceleração e desaceleração que mexe no inimigo e abre espaços.
Luan + Everton = chance grande de classificação.
Desde que eles se somem, é claro. Nem um, nem outro pode subtrair o time.
Qualquer cenário que não seja classificação, com ou sem pênaltis, abrirá uma crise inédita em dois anos de Renato na Arena. Mas pode renovar o fôlego para novos títulos. Como bem disse Bruno Cortez, "é o jogo do ano para o Grêmio".