Os flats do Pullman Hotel, onde estão os familiares dos jogadores brasileiros, não ficam muito distantes do Swissôtel Resort, casa da Seleção em Sochi. Quatro quilômetros, no máximo. Sete pessoas ligadas a Marquinhos estavam na mesa ao lado, no restaurante em que a equipe do Grupo RBS jantou na terça-feira (20). Até fizeram silêncio enquanto o Zé Alberto Andrade entrava no ar, na Gaúcha.
Os familiares têm fácil acesso aos jogadores, obviamente mediante regras, e os eleitos por Tite para a Copa estão adorando o gesto do chefe. A mensagem é: estamos sendo tratados como profissionais responsáveis, e não como adolescentes. No treino lacrado da última quarta-feira (20), nem os 20 minutos de imagem foram permitidos, mas havia familiares assistindo. Tite confia nas orientações para não gravar vídeo ou comentar.
O vazamento do time da estreia, por parte dos amigos de Gabriel Jesus, não foi demonizado. O goleador recebeu reforço nas orientações. Nada foi alterado na programação original, inclusive a manutenção da folga noturna após o primeiro treino, na volta a Sochi. Relação de confiança mantida.
Neste momento de tensão após o empate com a Suíça, coloca os familiares fisicamente perto de seus jogadores. É o Tite técnico se valendo do Adenor paizão. Ou do gestor de grupo, em linguagem moderna. Trata-se da fórmula Tite, que sabe aliar ciência e intuição como poucos.